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sábado, 5 de outubro de 2013
SEXO ANAL É PECADO?
SEXO ANAL É
PECADO?
Uma pesquisa
feita pela BEPEC, com mais de 1,6 milhões de evangélicos, diz que apenas 31,8%
dos entrevistados possui uma relação sexual plenamente satisfatória. Eu acho
pouco, bem pouco. Por isso insisto em dizer que este é um assunto que deve ser
esclarecido, principalmente dentro das igrejas.
A falta de satisfação sexual
contribui e muito para a destruição de um casamento. Recebo diversos e-mails de
casais em crise, clamando por ajuda (cristãos e não cristãos), e posso afirmar
que em 70% dos casos, o problema se encontra na área sexual. São pessoas que
foram abusadas na infância, receberam uma instrução errada a respeito do sexo
ou tiveram uma experiência traumática (antes ou depois do casamento), e hoje,
sofrem as consequências no seu relacionamento conjugal. Nesta minha pequena
caminhada, percebi que muitos destes problemas surgem simplesmente pela falta
de esclarecimento. Este assunto talvez não interesse a você, mas sei que
interessa a muita gente, e é por amor as essas vidas que estou eu aqui, mas uma
vez tratando de um assunto polêmico.
Antes de
escrever qualquer texto, costumo ler, pesquisar, orar, consultar a Bíblia,
autores que entendem do assunto, médicos... O negócio dá trabalho! Se a minha
intenção fosse criar polêmica e ficar famosa, eu não precisaria me dar a este
trabalho, concordam? Seria muito mais fácil tirar uma foto pelada e publicar no
facebook, aí sim eu teria meus 15 minutos de fama. Mas vamos ao que interessa!
Quando
tocamos no assunto "sexo anal", o primeiro texto bíblico que nos vem
a mente é o de Romanos 1:26-27:
"Por
causa disso Deus os entregou a paixões vergonhosas. Até suas mulheres trocaram
suas relações sexuais naturais por outras, contrárias à natureza. Da mesma
forma, os homens também abandonaram as relações naturais com as mulheres e se
inflamaram de paixão uns pelos outros. Começaram a cometer atos indecentes,
homens com homens, e receberam em si mesmos o castigo merecido pela sua
perversão."
Se
estudarmos o contexto destes versículos, vamos descobrir que Paulo se referia
aos bacanais públicos e oficiais de Roma. A orgia era parte oficial da
instituição. É só ler com um pouco mais de atenção que você vai perceber. César
transava com todas as mulheres que queria e também fazia-se mulher para muitos
homens. Tudo era possível e permitido! Ele definitivamente não estava falando de
sexo anal entre marido e mulher com consentimento e prazer mútuo.
A versão da
Nova Bíblia Viva não nos deixa dúvidas:
"Esta é
a razão pela qual Deus os entregou a paixões pecaminosas, a tal ponto que até
suas mulheres se voltaram contra o plano natural que Deus tinha para elas e
cederam aos pecados sexuais entre elas mesmas."
Sugiro então
que não use mais este texto para condenar o sexo anal.
Outro
versículo que também gera debate é o de 1Cor 6:9-10:
"Ou não
sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem
impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem
ladrões, nem avarento, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o
reino de Deus".
Sodomita.
Essa palavra tem origem na descrição Bíblica de Sodoma e Gomorra. A
interpretação mais difunfida desse texto é de que o pecado de Sodoma seria o
sexo entre homens, no entanto, estudos bíblicos mais recente entendem que o
pecado de Sodoma é a injustiça e a anti-hospitalidade. Outra teoria diz que o
motivo da ira Divina sobre Sodoma e Gomorra, era o abuso sexual e a intenção de
fazer o mal ao próximo. Esses estudos, pregam que os sodomitas eram tão
perversos que desejavam humilhar os forasteiros, abusando-os pela simples razão
de serem estrangeiros. E dizem ainda que a intenção dos habitantes pode ser
entendida apenas como vontade de fazer o mal. Mais uma vez não podemos afirmar
que esta palavra se refere ao sexo anal feito entre marido e mulher com
consentimento mútuo e prazer.
Outra
expressão que é muito discutida e encontrada em diversos textos bíblicos é
"imoralidade sexual". Todo bom cristão sabe que para Deus este é um
ato repugnante, ou seja, quem pratica imoralidade está pecando, fato. Encontrei
no livro "A Batalha de Todo Adolescente", uma definição interessante
para esta expressão:"Imoralidade sexual é tudo aquilo que é feito fora da
aliança do casamento ou dentro dela, mas sem amor". De acordo com esta
definição, não podemos associar imoralidade sexual a prática do sexo anal feito
entre marido e mulher com consentimento mútuo e prazer, certo?
Mas vamos
agora a questão fisiológica. O sexo anal, no geral, é muito dolorido para a
mulher, pois é um local bastante sensível, cheio de vasinhos internos e
externos. Quando um deles estoura, pode surgir a tão famosa e dolorida
hemorroida. Outra coisa que acontece, é o alargamento do esfincter. Alguns
casos ficam tão graves com o passar dos anos, que precisam até de cirurgia para
reconstrução. Além de tudo, o ânus é um lugar muito sujo, criado para eliminar
as fezes. Não dá para limpar com sabonete até onde o pênis alcança. Desse modo,
o homem poderá transmitir alguma doença para a esposa, caso haja penetração na
vagina após o sexo anal. E com as fissuras no ânus, a porta ficará aberta para
infecções pelo HIV e outras DSTs.
Sofrimento!
Esse é o "x" da questão. Agora não falo mais de sexo anal, mas sim de
amor. O amor não faz mal ao próximo. Se você ama sua esposa, não vai ter prazer
em vê-la sofrer, vai? Se o Espírito Santo habita em você, isso provavelmente
vai te incomodar um bocado. Mas geralmente, o desejo acaba passando por cima
deste incômodo. Recebo e-mails de homens cristãos, inclusive de pastores,
dizendo que respeitam suas esposas, mas desejam demais o sexo anal, e como não
podem ter no casamento, acabam apelando para a pornografia e masturbação. Sem
contar os que recorrem a traição ou prostituição. Por isso tantas esposas
acabam cedendo, por medo de perderem seus maridos.
O conselho
que costumo dar a estes homens é: O amor não faz mal ao próximo, e se sua
mulher sofre com o sexo anal, por amor a ela (e a Deus), você não deve fazer.
Nem com ela e nem com mais ninguém! É importante que vocês conversem sobre essa
sua necessidade e orem juntos por isso. Controle sua mente e seus olhos. Quanto
mais alimentar pensamentos e fantasias, mais forte o "monstro do
desejo" ficará, e aí será mais
difícil lutar contra ele. Cada vez que um pensamento vier, lute contra ele em
oração. Se não alimentar o desejo, mais fraco o "monstro" vai ficar.
E sem alimento, uma hora ou outra acaba morrendo. É o famoso: "Resisti ao
diabo e ele fugirá de vós." Tiago 4:7. Talvez seja interessante conversar
com sua esposa sobre algumas formas de deixar a relação sexual mais intensa,
enquanto não se vê livre disso definitivamente, quem sabe com carinhos e
posições diferentes... Descubram-se!
Meu conselho
continua: "Cada um, porém, é tentado pela própria cobiça, sendo por esta
arrastado e seduzido. Então a cobiça, tendo engravidado, dá à luz o pecado, e o
pecado, após ter-se consumado, gera a morte." Tiago 1:14-15. O pecado
sendo consumado, pode gerar a sua morte espiritual, a morte espiritual da sua esposa
e a destruição do seu casamento. Persevere! Diga não quando o desejo bater a
sua porta:"Porque sabemos que a tribulação produz perseverança, a
perseverança, um caráter aprovado, e o caráter aprovado, esperança, e você não
ficará decepcionado." Romanos 5:3-4. Feche os olhos para a pornografia,
controle seus pensamentos: "Tudo o que for verdadeiro, tudo o que for
nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo
o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem
nessas coisas." Filipenses 4:8. A tentação sempre vai estar a nossa porta,
seja nesta ou em qualquer outra área da vida, mas nós temos o poder de
dominá-la. Veja o que Deus disse a Caim quando, alimentado pelo ódio, planejava
matar seu irmão: "Se você fizer o bem, não será aceito? Mas se não o
fizer, saiba que o pecado o ameaça à porta, ele deseja conquistá-lo, mas você
deve dominá-lo". Gênesis 4:7. Infelizmente Caim não escutou o conselho.
Ele não dominou o pecado, alimentou o ódio e assassinou seu irmão.
Queridos,
Deus é perfeito e faz tudo perfeito. O Seu plano original para o sexo era
perfeito também. Ele criou o orifício certo pra isso! O ponto "G" da
mulher está na vagina e não no ânus. Mas com o pecado no mundo, muitas coisas
mudaram. Deus não criou o sexo anal. Se ele nunca tivesse existido,
provavelmente o ser humano não sentiria essa necessidade, mas como ele existe,
a vontade surge, claro. Como eu disse, o sexo criado por Deus é lindo! A
posição tradicional, pênis na vagina, corpo no corpo, olhos nos olhos, também
traz MUITO prazer. Quando o casal se ama, vive uma só carne, e tem intimidade
com Deus, aos poucos vai voltando ao princípio, a origem daquilo que Deus
criou, como um imã, entende? Quanto mais perto de Deus, mais longe estaremos do
pecado, e quanto mais perto do pecado, mais longe estaremos de Deus. Mas quem
sou eu para julgar a vida sexual de alguém? E quem sou eu para convencer (que é
diferente de esclarecer) alguém do pecado? Isso é um trabalho que compete ao
Espírito Santo de Deus: "Quando ele vier (e já veio), convencerá o mundo
do pecado, da justiça e do juízo." João 16:8
"Mas
Dani, e se a esposa sente prazer no sexo anal e o marido usa camisinha para
evitar infecções?" Sei que muitos estão querendo, na busca de um juiz a
seu favor, escutar um "sim, é pecado" e outros "não, não é
pecado"! Sinto decepcioná-los, mas a única coisa que tenho a dizer é:
Busquem intimidade com Deus! Orem juntos, devorem a Palavra, absorvam os
ensinamentos de Cristo e busquem praticar tudo aquilo que aprenderam. Quanto
mais próximos da Luz vocês estiverem, mas fácil será para enxergar a Verdade.
Não precisamos de "secretários de Deus" apontando o pecado alheio,
isso é papel do diabo, ele é o acusador! Busque a Deus como nunca, insaciavelmente,
DEVORE os evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João) quantas vezes forem
necessárias. E Ele, através do Espírito Santo, vai te dizer: "Isso te
afasta de Deus e isso não!"
E por fim,
gostaria de deixar algumas perguntas: Qual a sua intenção ao praticar sexo anal
com sua esposa? É satisfazê-la? Demonstrando o seu amor e glorificando a Deus?
"Tudo o que fizerem, seja em palavra ou em ação, façam-no em nome do
Senhor Jesus, dando por meio dele graças a Deus Pai." Colossenses 3:17
Pecado
terrível não vem da região anal, vem do coração, de onde procedem os maus
desígnios, conforme disse Jesus (Mc 7:21). Cada um cuide de si mesmo e não faça
de seus gostos ou desgostos pessoais, regras para a vida de ninguém! "Há
apenas um Legislador e Juiz, aquele que pode salvar e destruir. Mas quem é você
para julgar o seu próximo?" Tiago 4:12
"A fé
que tu tens, tem-na para ti mesmo. E, bem-aventurado é todo aquele que não se
condena naquilo que aprova. Pois tudo o que não provêm de fé, é pecado."
*Alguns
trechos foram retirados de: caiofabio.net e Wikipédia
http://salvemeucasamento.blogspot.com.br/2013/08/vale-tudo-entre-as-quatro-paredes-do.html#more
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domingo, 1 de setembro de 2013
VALE TUDO ENTRE AS QUATRO PAREDES DO QUARTO?
VALE TUDO
ENTRE AS QUATRO PAREDES DO QUARTO?
Esta é uma
pergunta que assombra muitos cristãos. "Isso pode? Isso não pode? É
permitido por Deus?". No geral, a religião acaba limitando a vida sexual
do cristão, infelizmente, mas não podemos generalizar. Existem casais cristãos
que vivem uma vida sexual livre e satisfatória, sem neura alguma, assim como
também existem casais não cristãos que são completamente frustrados na cama.
Creio que a religião teve uma influência muito negativa no decorrer da história
no que diz respeito ao sexo. Muitas verdades Bíblicas foram (e ainda são)
distorcidas, "neurotizando" aquilo que era pra ser prazeroso e
natural. No passado, o sexo era visto como tabu, algo sujo, inclusive entre os
casados, e a igreja (instituição) foi uma das grandes responsáveis por esta
visão.
Infelizmente muitos ainda pensam dessa forma, especialmente dentro das
denominações mais radicais. São pessoas completamente limitadas na vida sexual.
Vivem atormentadas pelo medo e pela culpa. Conheço casais que pedem perdão
depois do sexo, algo que não tem fundamento Bíblico algum! Uma total falta de
informação, quer dizer, excesso de informação distorcida! Mas como eu disse,
não dá para generalizar. Muitos cristãos que realmente entenderam a grandeza do
amor de Deus por nós através da vida e dos ensinamentos de Jesus, conseguem
viver uma vida sexual plena e livre de culpa.
Recebo
muitos e-mails de cristãos desesperados, com graves problemas na área sexual. O
motivo? Não se fala sobre sexo abertamente dentro das igrejas (com raríssimas
exceções). Então, aquilo que era visto como tabu no passado, vai passando de
geração em geração.
As pessoas não conseguem se libertar de questões muito
simples, por medo de irem para o inferno. Além disso, se sofrem algum tipo de trauma
ou abuso na infância (o que geralmente traz sérias consequências na vida
adulta) não encontram espaço dentro da igreja para se abrir e buscar
orientação, pois o medo de serem julgadas ou mal vistas é muito grande. Mas a
partir do momento que você entende a mensagem de Cristo, que está focada no
amor a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, tudo fica
mais leve e natural.
Mas isso só
acontece quando o cristão desliga o botão de automático, pára de balançar a
cabeça para tudo o que é imposto como regra pela liderança da igreja e busca
entender a vontade de Deus através da leitura Bíblica, especialmente dos
Evangelhos (que tratam especificamente dos ensinamentos de Cristo). Os cristãos
são chamados a raciocinar, isso é saudável e essencial! Infelizmente a grande
massa cristã (católicos e protestantes) acaba indo na onda do movimento.
Se o
líder diz que fazer sexo de luz acesa é pecado, o povo grita aleluia e amém.
Não se dá nem ao trabalho de conferir na Palavra se o argumento tem fundamento.
Paulo fala na sua carta aos Romanos, no capítulo 13, que toda a lei de Deus se
resume ao amor: "Pois estes mandamentos: "Não adulterarás",
"não matarás", "não furtarás", "não cobiçarás", e
qualquer outro mandamento, todos se resumem neste preceito: "Ame o seu
próximo como a si mesmo". O amor não pratica o mal contra o próximo.
Portanto, o amor é o cumprimento da lei." Então, se houve amor sincero na
sua atitude, inclusive durante o sexo, você cumpriu a lei. Simples assim.
Para os que
ainda estão presos pelas amarras da religião, é muito difícil ter uma vida
sexual plena e sem culpa. Vira neurose! E aí, a neura do irmãozinho acaba
virando doutrina e regra para a vida da igreja. Não podemos fazer dos nossos
gostos e desgostos pessoais regra para vida de ninguém. Se alguém se sente mal
praticando sexo "x" com seu cônjuge, tudo bem, devemos respeitá-lo.
Mas ele não deve impor isso como regra para a vida da comunidade. Por isso que
existem tantos relacionamentos doentes dentro das igrejas. As dezenas de e-mails
que recebo (inclusive de pastores e de esposas de pastores) não me deixam
mentir! Pastores que proíbem o sexo "assim" ou "assado",
mas vivem mergulhados na pornografia e masturbação, pois a vida sexual com sua
esposa (que também está cheia de neuras) é uma grande frustração. Maridos que
não sentem prazer algum em ver suas mulheres peludas e transam com elas
pensando na vizinha depilada. Vivem apenas de aparência, uma grande hipocrisia!
O segredo
para uma vida sexual saudável também está na conversa. Deve haver comunicação
fluente nesta área. As vezes o que é prazeroso para o marido, não é nada
prazeroso para esposa. O que causa grande prazer em uma mulher, pode causar
repulsa na outra. Deve existir conversa franca e frequente, sempre em amor. A intimidade
sexual é um aprendizado que dura a vida inteira. Ninguém deve se iludir
pensando que vai entrar no casamento e experimentar o sexo dos sonhos. Isso só
existe nos filmes! O casal deve ir se descobrindo aos poucos, e quando tiverem
com 40 anos de casados, ainda vão estar se descobrindo!
Muitas
denominações pregam que o prazer apenas por prazer é pecado. Não creio dessa
forma. Se acreditamos que Deus nos formou por inteiro, então obviamente o
clitóris, ou o ponto "G", também foram criados por Deus. O homem, ao
ejacular, também sente prazer, e isso faz parte do plano de Deus na criação.
Pois bem, pensando assim, podemos concluir que o sexo não foi feito somente
para a procriação, mas também para o prazer. Se Deus não quisesse que o homem
(a raça humana) sentisse prazer na relação sexual, teria nos criado de outra
forma. Quem sabe teria programado nosso libido para funcionar uma vez ao ano,
apenas na época de reprodução, rs. Então, sem sombra de dúvidas Deus se agrada
do sexo entre marido e mulher e do prazer que ele proporciona.
Paulo também
aconselha, primeiro aos casados e depois aos solteiros: "Não se recusem um
ao outro, exceto por mútuo consentimento e durante certo tempo, para se
dedicarem à oração. Depois, unam-se de novo, para que Satanás não os tente por
não terem domínio próprio." e "Mas, se não conseguem controlar-se,
devem casar-se, pois é melhor casar-se do que ficar ardendo de desejo" (1
Coríntios 7:5,9). Estes versículos transmitem a clara informação de que é
completamente aceitável sentir prazer no sexo, pois é algo fisiológico.
Se
Paulo diz que o cara deve casar para não ficar ardendo em desejo, é porque ele
vai satisfazer esse desejo com a esposa, correto? Sem contar o livro de
Cânticos, na Bíblia, que é uma ode ao sexo! Não tem como ter dúvidas. Como eu
disse anteriormente, é só questão de raciocinar.
Creio também
que o grande conflito nos relacionamentos é gerado pelo egoísmo, inclusive na
área sexual: "Meu marido/esposa precisa me satisfazer sexualmente!" A
pessoa não se preocupa em saber o que mais dá prazer ao cônjuge, se algum tipo
de carinho ou movimento realmente o agrada, não espera o tempo dele, enfim.
Imagine um casal onde os dois pensam dessa forma? Pela lógica, teríamos pelo
menos um dos cônjuges frustrados na cama. Mas quando utilizamos a lei do amor,
citada anteriormente, o pensamento muda: "Amo tanto meu esposo(a) que
desejo satisfazê-lo(a) plenamente!" Se os dois agirem dessa forma, imagine
que sexo maravilhoso terão? Ninguém busca o sexo para sofrer, é obvio, todos
desejam o prazer, mas a raiz do problema está em buscar a própria satisfação
exclusivamente, sem se preocupar com o prazer do outro.
Existe
um grande equívoco na interpretação do
que Paulo escreve em sua primeira carta aos Coríntios: "O marido deve
cumprir os seus deveres conjugais para com a sua mulher, e da mesma forma a
mulher para com o seu marido. A mulher não tem autoridade sobre o seu próprio
corpo, mas sim o marido. Da mesma forma, o marido não tem autoridade sobre o
seu próprio corpo, mas sim a mulher.
Não se recusem um ao outro, exceto por
mútuo consentimento e durante certo tempo, para se dedicarem à oração. Depois,
unam-se de novo, para que Satanás não os tente por não terem domínio
próprio." Muitos homens utilizam esse texto para justificar atitudes
abusivas na cama. Eles praticam um sexo egoísta, desprovido de amor, maltratam
suas esposas física e emocionalmente e ainda justificam dizendo: "A Bíblia
fala que seu corpo me pertence. Você tem a obrigação de me satisfazer!"
Isso é uma interpretação maligna! É imprescindível analisar o contexto. Paulo
está dizendo claramente sobre o perigo que há na privação sexual entre marido e
mulher. Não é difícil de entender. Deixe seu marido sem sexo por muito tempo
que rapidamente ele estará se deleitando em pensamentos eróticos, masturbação,
pornografia e quando não, na prostituição. É algo fisiológico. Muitas mulheres
também sentem dessa forma. E isso obviamente trará grandes conflitos para o
relacionamento. Então, para evitar que aconteça, não se privem. Pronto, simples
assim.
Quando assumimos o compromisso do casamento, estamos nos comprometendo
também em satisfazer nosso cônjuge na área sexual. O meu corpo será para ele e
o dele para o meu, e isso não é ruim, muito pelo contrário!
"Mas
afinal, o que é permitido dentro do sexo cristão?" Se formos seguir ao pé
da letra o que muitas religiões ditam por aí, faremos apenas o sexo "papai
e mamãe", de luz apagada e olhe lá! A partir do momento que entendemos o
Evangelho, ou seja, o relato da vida e dos ensinamentos de Jesus, nos
libertamos de muita coisa que a religião aprisiona. É realmente um sentimento
de liberdade e vida nova! Amo meu esposo, ele me ama e dentro do nosso amor
quem estabelece os limites somos nós. A única regra que obedecemos é aquela
imposta por Jesus: o amor!
Jesus viveu
e ensinou o amor. Se eu creio que o próprio Deus habita em mim, devo
resplandecer este amor através dos meus atos e palavras, inclusive na área
sexual. Sobre o sexo oral, por exemplo, não existe nenhuma passagem na Bíblia
afirmando que você só pode colocar a boca há 5 centímetros de distância do
órgão genital do seu cônjuge, passando disso entrou em área pecaminosa. Chega a
ser cômico. Não existem órgãos mais pecaminosos que outros, pois Deus nos criou
por inteiro! O único órgão do nosso corpo que tem o poder de nos fazer pecar é
o coração, "pois é dele saem os maus pensamentos, os homicídios, os
adultérios, as imoralidades sexuais, os roubos, os falsos testemunhos e as
calúnias. Essas coisas sim tornam o homem ‘impuro’." Mt 15:19.
Jesus falou:
"O que entra pela boca não torna o homem ‘impuro’; mas o que sai de sua
boca, isto o torna ‘impuro’". Mt 15:11. Então, colocar a boca em alguma
parte do corpo do cônjuge, ir ao motel, fazer canguru perneta ou utilizar
adereços (lingeries, óleos de massagem, velas...) para apimentar a relação, só
será pecado se o que vier de dentro for ruim, ou seja, se a intenção do coração
for ruim. Se for prazeroso para ambos, feito em amor e dentro da aliança do
casamento, não há com que se preocupar. Muitos alegam que o sexo oral ou anal
podem trazer doenças, e que devemos cuidar do nosso corpo que é templo do
Espírito Santo. Concordo, mas isso não se restringe ao sexo. O que dizer de uma
pessoa que não pratica sexo oral/anal, mas vez ou outra exagera no refrigerante
ou fast-food? Dá na mesma. Entendo que neste caso é questão de saúde, não de
pecado. O perigoso mesmo é se preocupar demais com o exterior e acabar
esquecendo do principal: o coração!
Também
entendo que a mulher da pornografia, o homem nu da revista ou a terceira pessoa
do menáge à trois, não fazem parte da minha união com meu esposo, por isso não
têm espaço no nosso relacionamento. E se houver o desejo de algo novo, o
segredo é conversar, priorizando sempre a aliança do casamento e o amor que
sentimos um pelo outro. Se vai machucar, desrespeitar, humilhar ou causar algum
tipo de desconforto, não rola. Vale para os dois lados.
"Mas
Dani, o sexo é tão importante assim?" No geral, para o homem, o sexo
frequente é essencial, assim como beber água. Já para a grande maioria das
mulheres, não. Mas isso não é regra. Um casamento que tem problemas na área
sexual acaba tendo nas outras. Um homem sem sexo há muito tempo ou esposas
frustradas na cama, acabam recorrendo há outras ferramentas para satisfazer
seus desejos. E isso traz problemas para as outras áreas do relacionamento.
Digo que o sexo não é prioridade, mas é uma das pernas "da mesa". Se
uma delas não estiver firme, a mesa tomba.
Concluindo,
como saber se o que estamos fazendo está dentro da vontade de Deus? Convivendo
com Ele, não tem outro jeito. E como conhecer a Deus? Ele se mostrou ao mundo
através de Jesus. Foi como se estivesse dizendo: "Se eu fosse humano,
seria assim!". Por isso Jesus disse: "Quem crê em mim, não crê apenas
em mim, mas naquele que me enviou. Quem me vê, vê aquele que me enviou".
João 12:44-45. Não tem como dizer que conhece a Deus se não conhece a Cristo.
Precisamos caminhar ao seu lado através da leitura Bíblica e oração constante.
A leitura dos Evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João) deve ser prioridade na
vida de um cristão, pois são um relato da vida de Jesus, desde o seu nascimento
até sua morte. Todos os outros livros da Bíblia devem ser lidos a partir de
Jesus e com base em seus ensinamentos. Ele é a chave hermenêutica da Bíblia!
Fortalecendo o seu relacionamento com Deus, o Espírito Santo vai lhe dando
sabedoria na caminhada para tratar de situações delicadas como o sexo. O seu
entendimento vai se abrindo aos poucos e você vai se tornando uma pessoa livre
em Deus! Livre de culpas, traumas e neuras.
Jesus foi um
grande revolucionário! Escandalizou centenas de religiosos da época com a sua
mensagem e continua escandalizando até hoje! Pois quando fala que está
preocupado com o interior e não com o exterior, tira o poder das mãos humanas,
e isso assusta os religiosos interessados no poder, pois eles só conseguem ter
acesso ao exterior. Como sou uma seguidora de Jesus e proclamadora da sua
mensagem, então é provável que esse texto escandalize muita gente. Acharia
estranho é se isso não acontecesse... rs.
O QUE DEUS PENSA DO SEXO ORAL?
O QUE DEUS
PENSA DO SEXO ORAL?
Como
surgiram algumas dúvidas sobre o que foi escrito no texto "O que Deus
pensa do sexo oral?, resolvi respondê-las através de um novo texto. Novamente
vou falar com base na minha fé. Para isto, citarei dois textos que condenam o
sexo oral e que foram extraídos de dois sites cristãos, em seguida, vou
registrar o meu ponto de vista. Fique a vontade para concordar ou discordar. E
viva a liberdade de expressão!
"Os
olhos não podem fazer a função dos pés, nem os ouvidos a função dos joelhos. Se
hoje é muito difícil aceitar e suportar a idéia de que o único caminho que DEUS
deixou para que haja a relação sexual entre o homem e a mulher durante o
casamento é pela via normal (penetração do pênis na vagina), foi porque satanás
já se apossou da mente e da carne do casal, escravizando-as.
Observe o que diz
o livro de Romanos: “E como eles (homens e mulheres) não se importaram de ter
conhecimento de Deus, Ele os entregou a um sentimento pervertido, para fazerem
coisas inconvenientes.
Estão cheios de toda iniqüidade, prostituição, malícia,
avareza, maldade, inveja, homicídio, contenda, engano e malignidade. (...)
Embora tenham conhecimento da justiça de Deus (que são dignos de morte os que
tais coisas praticam), não somente as fazem, mas também aprovam os que as
praticam” (1:28, 29 e 32). A boca, além de ingerir alimentos materiais que dão
sustentação ao nosso corpo, tem por função especial a de louvar a DEUS e a de
falar da Sua Santa Palavra. E se a boca é o meio de ingestão de alimentos, o
ânus de excreção de fezes.
O marido que constrange a sua esposa para tal
solicitação aberratória ou a esposa que insinua o marido para esse tipo de
desejo sexual, um ao outro se deprava, e aos poucos vai colecionando maldição
sobre a família e sobre o casamento. É imprescindível que o casal ore a DEUS
antes de toda relação sexual, oferecendo-O os corpos para o Seu louvor e a Sua
glória. A prática do sexo oral e anal entre casais é completamente abominável a
DEUS, constituindo numa aberração da natureza humana, e entrou no meio da
igreja cristã quando ela decidiu aderir a tal da modernização, fugindo dos
exageros que antes cometera. Esse tipo de adaptação à modernidade é maligna e
trouxe sérios prejuízos à igreja de DEUS aqui na terra. (maisjesus.net)
"O modo
natural é o sexo vaginal. A vagina tem forma, dimensões e elasticidade próprias
para o coito; tem inervação capaz de despertar na mulher, o desejo e o prazer
sexuais. No casamento monogâmico, a vagina não oferece risco de contágio
infeccioso; é a via natural para o início de uma gravidez. A boca e o
ânus/reto, não apresentam inervação erótica; são fontes certas de infecção e
não levam à gravidez. O sexo oral ou anal é egoísta porque, geralmente, só dá
prazer ao homem. A Bíblia diz que é contra a natureza, contra a vontade de
Deus. Não deve ser praticado, portanto. Estamos vivendo dias semelhantes aos de
Sodoma e Gomorra. As fantasias e aberrações sexuais atingiram o seu apogeu.
Essas alternativas sexuais são fruto do hedonismo, esta corrida louca em busca
do prazer, tão características desta geração. Sexo oral, embora tenha seus
defensores ou aqueles que são tolerantes, não é recomendável do ponto de vista
da saúde. Os tecidos da cavidade bucal não têm condições de resistir à ação de
microorganismos que tem o seu habitat no canal vaginal ou na uretra masculina.
Este comportamento sexual tem facilitado a transmissão de enfermidades venéreas
transportadas agora para a boca, laringe ou faringe. Dentistas têm encontrado
abcessos nas gengivas provenientes de bactérias próprias do aparelho
geniturinário. A boca não foi planejada por Deus senão para as finalidades que
já conhecemos. As esposas infelizes, abusadas e desrespeitadas por seus maridos
com estes aberrativos e bestializados instintos, são vítimas de herpes, além de
outras infecções graves." (jesusvoltara.com.br)
Agora, o meu
ponto de vista:
Bem, quando
falamos em sexo oral, a primeira coisa que vem a mente da maioria das pessoas
são as imagens repugnantes já vistas em revistas ou filmes pornográficas. É
certo que não iremos, em nome da liberdade, fazer de tudo, mas se mantivermos o
sexo numa relação de eterna monotonia, sem suas carícias, cairemos numa
terrível decepção e frustração, achando que servimos a um Deus que proíbe tudo,
até mesmo depois de estarmos casados. Quem ama a sua esposa ou esposo, acha
nela ou nele a sua beleza, e jamais sentirá condenação em colocar a boca em
qualquer parte do seu corpo, pois os dois já são uma só carne! A mulher não
pode colocar a boca no pênis do marido, mas o marido pode se lambuzar nos seios
da esposa... não entendo! Se não há base Bíblica para proibir o sexo oral, a
afirmação e condenação do mesmo não se oriunda de falsos moralismos, achismos e
falsas revelações, que ao invés de promoverem edificação só trazem confusões e
intrigas?
Uma das
desculpas dos que acham o sexo oral um pecado, é que a sua boca é para louvor e
adoração ao Senhor, e não para “essas coisas”. Se a boca é somente para orar,
louvar e pregar, não vai se alimentar mais? Realmente os nossos lábios são
mesmo para louvor e adoração ao Senhor, assim como todo o nosso corpo! Se sexo
oral é pecado e a Bíblia não menciona, o que dizer do beijo de língua? A Bíblia
também não menciona! É pecado? Se essas pessoas alegam que a boca é para louvor
e adoração, eles beijam a esposa na boca? Por que? Porque é permitido o beijo
na boca (que também excita) e não é permitido o sexo oral? Se a boca é para
pregar, orar e glorificar, e as mãos? Não são utilizadas para ungir? Para impor
as mãos sobre os enfermos? Para orar pelos irmãos? Para abraçar os que
precisam? A esposa não pode mais ser acariciada? A esposa não vai mais
acariciar o seu esposo? Vão fazer sexo como dois animais, só encostando e
pronto?
Como já foi
dito no outro texto, sexo oral só é errado quando é egoísta. Se existe amor,
carinho e a intenção de satisfazer o outro, não há problema algum. Em relação a
seguinte frase: "O sexo oral é egoísta porque, geralmente só dá prazer ao
homem". Desculpe, mas não posso concordar. A mulher também pode receber e
sentir prazer com o sexo oral, tudo depende da disposição de amar do marido.
Sobre as doenças, se o seu cônjuge for fiel não vai trazer doenças pra casa,
concorda? E outra coisa, se um dos dois estiver infectado, pode não passar para
a boca, mas vai acabar passando para o orgão genital. E se um dos cônjuges
estiver com herpes na boca, vai transmitir ao outro ao beijá-lo, sem precisar
fazer sexo oral. Enfim, este argumento de transmissão de doenças para provar
que o sexo oral é pecado pra mim não tem fundamento. O sexo feito dentro do
casamento, com amor e fidelidade, não traz problemas.
E sobre a
questão de que o sexo só deve ser feito com a intenção de procriar, vou fazer
algumas perguntas: O que fazer com um marido que a esposa está de repouso
absoluto por causa de uma gravidez de risco? O que fazer com um homem cuja
esposa sofreu um acidente e passou meses internada? O que fazer com um marido
que foi privado do sexo convencional porque sua esposa está fazendo um
tratamento prolongado por causa de uma doença venérea? Estes são apenas alguns
exemplos dentre os milhares que existem. Os homens, desde a sua adolescência,
produzem espermas diariamente, e a maneira que o corpo tem para fazer com que
estes espermas sejam expelidos, é através do desejo de manter a relação sexual
(por isso eles sentem muito mais necessidade de sexo do que nós, mulheres). E
se ele é privado disso por algum motivo, vai expelir esperma por onde? Pelos
olhos? Vai chorar esperma? De alguma maneira vão ter que sair! Se ele é um
marido fiel, vai ter que se masturbar (pensando na esposa, claro!) ou a esposa,
por amor, vai dar uma ajudinha através de carinhos. Não vejo isso como pecado!
E não vou nem questionar o lado financeiro. Colocar um monte de filhos no mundo
sem ter a condição de criá-los não tem cabimento algum.
Agora, sobre
o versículo citado: “E como eles não se importaram de ter conhecimento de Deus,
Ele os entregou a um sentimento pervertido, para fazerem coisas inconvenientes.
Estão cheios de toda iniqüidade, prostituição, malícia, avareza, maldade,
inveja, homicídio, contenda, engano e malignidade. Embora tenham conhecimento
da justiça de Deus (que são dignos de morte os que tais coisas praticam), não
somente as fazem, mas também aprovam os que as praticam” (1:28, 29 e 32). Se
alguém conseguir me provar que Paulo em algum momento neste texto falou do sexo
oral feito como forma de carinho, com amor e respeito dentro do casamento, abro
mão de tudo o que escrevi.
É importante
dizer que o sexo oral deve ser usado como meio e não como fim. Assim como o
beijo, ele é um carinho que excita para tornar o ato sexual mais intenso. Digo
isto porque muito homens pedem o sexo oral, ejaculam e esquecem de suas
esposas. Sexo oral deve ser apenas um carinho que faz parte preliminares, e não
o sexo em si! E outra coisa, se o casal só consegue alcançar a plena satisfação
sexual apenas com o sexo oral, é porque alguma coisa está errada. Sua
satisfação plena deve estar no seu cônjuge! As carícias e afins, servem apenas
para deixar melhor o que já é muito bom! Tipo a cereja do bolo, entende?
E por fim,
se não houve amor e preocupação com o outro, com certeza não agradou a Deus.
Com ou sem sexo oral.
Eu, Daniela,
penso assim.
Alguns
trechos foram extraídos do site: www.maisdedeus.net
O papel do sexo no casamento cristão
O papel do
sexo no casamento cristão
O mundo
moderno é enfeitiçado pelo sexo. Os programas de televisão, propagandas
comerciais, internet, outdoors, e até mesmo livros escolares não se cansam de
falar no assunto.
No trabalho, são frequentes as piadas ou conversas que tratam
do tema. Esse parece ser o tópico preferido do ser humano.
Homens e
mulheres possuem visões diferentes a respeito do sexo. Para eles, o sexo
representa o início de uma relação íntima mais profunda. Para elas, representa
a conclusão da intimidade.
Em nossa
época, falamos e ouvimos sobre sexo mais do que nossos pais e nossos avós.
Porém, entendemos bem menos. Por quê? Porque não paramos para pensar sobre qual
é o verdadeiro significado da relação sexual em nossa vida diária.
Seja
sincero: o que o sexo representa para você? Já havia pensado nisso antes? E
mais importante ainda: qual é o propósito de Deus com o sexo? Deus nos fez
criaturas sexuais, e por essa razão, é preciso entender qual o padrão de
relacionamento íntimo foi designado por Ele, ao nos criar.
Entendendo o
desvirtuamento do sexo
O sentido da
sexualidade do casamento tem, com o tempo, perdido muito do seu propósito
original. Algumas pessoas tendem a colocar a sexualidade como o ponto
principal, a razão maior para o casamento. Outros buscam colocar a sexualidade
num plano mais baixo, sendo necessário apenas para a reprodução.
Entretanto,
uma sexualidade saudável não é algo que simplesmente diz respeito apenas ao ato
sexual.
Na Bíblia,
em Gênesis 2:25, há um texto que diz: ?E ambos estavam nus, homem e sua mulher,
e não se envergonhavam?.
Refletindo sobre ele, podemos ver que quando o homem e
a mulher foram criados, ambos estavam nus, e não se envergonhavam. Ambos
estavam completamente expostos. Nenhum dos dois tinha nada a esconder da outra
pessoa. Sua intimidade era tanta, que ambos se viam por completo, e não se
envergonhavam. Não havia traumas, sofrimentos, tristezas, mágoas, nada. Eles
não tinham qualquer parte um do outro que não entendiam. Estavam completamente ligados
tanto emocional, quanto espiritual e intelectualmente. Tudo isso era
representado pela ligação física.
Esse é o
propósito de Deus para o sexo no casamento. É para ser um aspecto concreto que
reflita um relacionamento de intimidade que ultrapasse a questão física. É para
ser um elemento que lembre ao casal o quanto ambos estão próximos com respeito
aos outros aspectos da vida. A intimidade física será satisfatória quando as
intimidades sociais, intelectuais, emocionais e até espirituais estiverem de acordo.
Por isso que quando um casal discute, ou quando um casal briga, não é possível
para a maioria pensar em ter momentos de intimidade.
As coisas precisam estar
bem emocionalmente para que possam usufruir do prazer físico.
Entretanto,
com a entrada do pecado, essa perfeita intimidade, essa perfeita união foi
quebrada. E assim, começamos a ter vergonha, a querer nos esconder, e não
sermos satisfeitos com a maneira que realmente somos. E assim vivemos até hoje.
O Sexo hoje
O problema é
que com o passar do tempo, parece que o desejo sexual deixou de ser uma coisa
envolvendo o relacionamento total com a outra pessoa, e passou a ser
simplesmente uma satisfação de desejos físicos. Ao invés de ser uma
representação da união total, passou a ser um fim em si mesmo. É por essa razão
que hoje muito se fala sobre o sexo, mas sem contribuir para a felicidade do
casal.
Em geral, as
conversas sobre sexo são relatos factuais, ou mesmo clínicos, nos quais as
pessoas se mostram cada vez mais fascinadas com o mecanismo da relação sexual.
Os mais velhos não gostam de falar abertamente sobre a relação.
Dão uma
piscadinha de olho, falam por meio de metáforas, ou mesmo ao invés de citar as
coisas, simplesmente se calam com vergonha. Já os mais novos, desenvolvem uma
maneira de falar que demonstra ao mesmo tempo que se interessam, mas que nada
entendem. Só que têm vergonha de perguntar a seus pais, e por isso, acabam
tendo como fontes de informação seus colegas. E assim crescemos com respeito ao
sexo. Apesar de vivermos numa sociedade sexualizada, pouco ou nada sabemos em
realidade acerca do real propósito do sexo.
Quatro
Verdades Bíblicas sobre o Sexo
Deus nos
criou com o desejo sexual. Algumas pessoas pouco informadas chegam a pensar que
o sexo foi o que fez Adão pecar. Mas não é isso. Deus criou o sexo para que ele
completasse a felicidade no casamento.
Para alguns
cristãos isso parece uma blasfêmia, por isso gostaria de apresentar aqui quatro
argumentos baseados na Bíblia para comprovar isso que estou falando:
*Sexo
expressa Amor. Não há palavra mais gasta e mais usada em nosso vocabulário que
amor. Eu amo minha mãe, minha esposa, bolo de chocolate, e até minha roupa
nova. Falamos tanto essa palavra, e em tantos contextos, que perdemos de vista
o seu real sentido. Alguns até se referem ao sexo como ?fazer amor?, só que na
prática mesmo, só querem receber.
O sexo conforme Deus idealizou é um tipo de
relação que traz segurança para o casal. Por quê? Porque no sexo que Deus
idealizou, cada um está preocupado em dar prazer ao outro, e não simplesmente
receber. Ouvi certa vez uma pessoa dizendo que não se preocupava com o fato da
mulher não ter o mesmo prazer que ele na relação. ?Eu estou aqui. Se ela não
conseguir, a culpa é dela?. O amor que deve realmente ser expressado na relação
sexual é aquele que se preocupa com o bem estar da outra pessoa, que respeita
os momentos em que ela ou ele não estão dispostos, e que também se preocupa com
o antes e o depois. Toma tempo para preparar a outra pessoa, permite que o
clima seja criado. E cuida de si também, se mantendo asseado(a), limpo(a),
preparado(a) tanto física quanto emocionalmente.
*Sexo é
Diálogo. O homem e a mulher são fisicamente atados um ao outro desde a criação.
Deus criou a mulher da costela de Adão. E desde então, o homem tem nascido da
mulher. Ambos estão intimamente relacionados; eles ficam incompletos um sem o
outro. Por isso é besteira pensar que o casamento é simplesmente uma parceria
entre duas pessoas independentes.
O sexo demonstra de uma maneira física e
literal que eles ainda são um. É como se fosse um diálogo físico. É uma maneira
de participar completamente da vida da outra pessoa sem demonstrar medo ou
egoísmo. Assim, na relação sexual, cada parceiro precisa estar sensível às
necessidades da outra pessoa, pronto para responder, e paciente para deixar que
a outra pessoa se expresse. E, se por acaso isso não acontece em seu
relacionamento sexual, invista tempo, converse, dialogue e ore com seu cônjuge,
e com o tempo Deus abençoará sua relação.
*Sexo traz
Prazer. O mundo sem Deus nos faz pensar que o prazer é o único propósito do
sexo. Não é. Só que parte da benção do sexo envolve prazer.
E isso foi
planejado por Deus. Podemos saber disso porque a mulher tem em seu corpo um
órgão, denominado clitóris, cuja única função é dar prazer. Por que Deus
colocaria isso no corpo feminino se ter prazer fosse um pecado? Outra maneira
de percebermos isso é lermos o livro de Cantares de Salomão, no qual a relação
entre marido e esposa é vividamente relatada por meio de expressões de prazer e
satisfação (Ex. Cantares 1:7, 4:16; 6:3; 7:10).
*Sexo honra
a Deus. Isso talvez seja a verdade mais difícil de se perceber. Muitas pessoas
que têm uma visão de sexo mais profana, têm dificuldade de perceber que isso é
parte da atitude de louvar a Deus. Podemos argumentar sobre isso citando o
texto de I Coríntios 10:31: ?Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra
qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus?. Tudo o que fazemos: comer,
beber, dormir, conversar com nossos amigos, os negócios, e até mesmo a relação
sexual ? tudo deve ser feito de uma maneira que glorifique a Deus. E esse é o
teste maior do seu amor por Deus. Será que Ele é honrado pela maneira como você
e seu cônjuge se relacionam? Será que os anjos podem estar presentes, cuidando
de vocês, durante seus momentos de intimidade?
Muitos
manuais sobre sexualidade afirmam que os métodos são muito importantes para
trazer prazer. Na perspectiva de Deus, e por Sua Palavra, percebemos que os
motivos são tão importantes quanto a maneira que o sexo é feito. Se um homem ou
uma mulher entram na relação sexual com motivos pervertidos ou egoístas, perdem
um dos presentes mais maravilhosos dados por Deus. Eles O insultam.
Deus deseja
fazer da intimidade física de seu casamento a concretização da união de vocês
em todos os outros aspectos da vida. Não dá para considerá-lo separado das
outras partes da vida a dois. Problemas em outra área da vida, terão reflexo na
relação sexual. Mas, Deus está sempre pronto a nos conceder uma sexualidade
plena se O permitirmos tomar conta de nossa vida.
Que Deus
abençoe sua família,
Osmar Reis
Junior e Bruna Mateus Rabelo dos Reis
Psicólogo do
CEAFA e esposa
O Dever do Sexo no Casamento
O Dever do
Sexo no Casamento
Rev. Angus
Stewart
Tradução:
Felipe Sabino de Araújo Neto1
Sexo fora do
casamento é pecado; todos os cristãos sabem isso, e os incrédulos também. Não
ter sexo no casamento (sob as circunstâncias ordinárias) também é pecado;
talvez nem todos estejam cientes disso. De acordo com I Coríntios 7:3-5, sexo
no casamento é uma dívida. Negligenciar ou recusar fazer sexo com o seu cônjuge
é roubo, uma quebra do oitavo mandamento: "Não furtarás."
A Bíblia tem
coisas importantes para dizer sobre solteirismo, casamento e sexo. Dessa forma,
a igreja deve ensinar esses assuntos, bem como as verdades da Santa Trindade, o
fim dos tempos e a graça irresistível. A igreja ensina esses assuntos em
sermões, salas de catecismo, aulas para noivos e (como agora) mediante
escritos. Pais sábios também falam com seus filhos sobre essas questões, como
fez Salomão com seu filho em Provérbios (e.g., Pv. 2:16-19; 5:3-23; 6:24-35;
7:6-27; 9:13-18).
Sem dúvida,
a maneira, bem como o conteúdo, do ensino cristão sobre casamento e sexo é bem
diferente daquela do mundo. Não objetivamos instigar ou excitar os santos, nem
somos pudicos, simplesmente ignorando o assunto. Em vez disso, proclamamos o
ensino bíblico sobre sexualidade com pureza e autoridade.
Jesus Cristo
é Senhor, e isso significa que Ele é Senhor do casamento e do lar do casal
também. Ele tem coisas a dizer aqui. Assim, nosso objetivo é a glória de Deus
em Jesus Cristo e a edificação dos santos. Dentro dessa estrutura e com esse
espírito, consideremos o dever do sexo no casamento.
I Coríntios
7 fala de marido e esposa dando a "devida benevolência" um ao outro.
"O marido pague à mulher a devida benevolência, e da mesma sorte a mulher
ao marido." "Devida benevolência" aqui não significa que marido
e esposa devem mostrar um ao outro apenas bondade em geral. Considere o
contexto. Um propósito do casamento é "evitar a fornicação" (2). No
casamento, seu cônjuge tem autoridade sobre o seu corpo, especialmente no leito
matrimonial (4). A "incontinência" no versículo 5 refere-se a falta
de auto-controle sexual. Assim, "devida benevolência" em I Coríntios
7:3 refere-se especificamente à bondade devida ao cônjuge na relação sexual.
Essa
"benevolência" sexual é "devida" ao seu cônjuge. É uma
dívida, algo que você deve ao seu marido ou esposa. Não é meramente um favor
que você faz caso seu cônjuge tenha sido bom. Obviamente alguns, por causa da
idade avançada ou debilidade, etc., são incapazes de cumprir essa dívida, mas
cônjuges cristãos normais devem pagar esse débito. Você está pagando esse
débito ao seu marido ou esposa?
Pessoas
casadas são donos das roupas e comidas que compram, e também da relação sexual
com o seu cônjuge: "A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas
tem-no o marido; e também da mesma maneira o marido não tem poder sobre o seu
próprio corpo, mas tem-no a mulher" (4). Seu cônjuge tem autoridade sobre
o seu corpo sexualmente falando; não você.
Alguns podem
objetar que eles não se lembram de jurar entregar a autoridade dos seus corpos
nos votos de casamento. Provavelmente isso não foi mencionado em tantas
palavras, mas a natureza do casamento como uma união de "uma só
carne" implica que seu cônjuge tem autoridade sobre o seu corpo
sexualmente, e não você. Esse é um pensamento cristão sóbrio. Sem dúvida, isso
reflete também o grande casamento que nossos casamentos devem refletir. A
igreja, a noiva de Cristo, é dona do seu próprio corpo? Não, a noiva de Cristo
está sob a posse e autoridade de Cristo, seu esposo.
Estamos
agora numa posição mais adequada para analisar o pecado de um casamento sem
sexo (assumindo que o sexo é fisicamente possível). É roubo não entregar o que
é devido. É roubar o seu próximo mais chegado, a saber, o seu próprio cônjuge.
É defraudar ele ou ela (5). Isso introduz a idéia de engano e fraude. O
casamento, por definição, inclui dar-se ao seu cônjuge. Ao recusar se entregar
sexualmente, como prometeu, você comete traição. Isso está fundamentado no
egoísmo, o desejo de fazer o que quiser com o seu corpo e não o que o seu
cônjuge quer. Esse egoísmo brota da incredulidade, a falta de fé na união vital
e espiritual entre Cristo e a Sua igreja que o seu casamento e relação sexual
deveriam retratar.
O pecado tem
conseqüências. Deus julgará e castigará você por ele. Seu cônjuge será ferido,
seriamente ferido. Recusar seus desejos sexuais é algo cruel. Ignorar ou ser
indiferente para com ele ou ela é impiedade. Cristo não trata assim a Sua
esposa! Seu cônjuge se sentirá insatisfeito, trapaceado e provavelmente se
tornará (pecaminosamente) amargo e ressentido. Assim, seu casamento sofrerá. A
intimidade física de todos os tipos se secará e você perderá a intimidade
emocional e espiritual também.
Pecados
maritais impendem as suas orações (I Pedro 3:7). As orações nas devoções em família
se tornam difíceis; as orações ficam sem resposta. A leitura da Escritura
também se torna um dever árduo. Eventualmente isso pode levar a devoções em
família infreqüentes ou à completa negligência.
Nenhuma
relação sexual no casamento também torna o seu cônjuge mais vulnerável ao
pecado de adultério Lembre-se: um dos propósitos do casamento é evitar a
fornicação (2; cf. Pv. 5:18-20). Satanás tem um interesse no seu leito
matrimonial. Ele anda em derredor, "buscando a quem possa tragar" (I
Pedro 5:8). Não vos defraudeis!
I Coríntios
7:3-5 ensina parte do chamado de maridos e esposas. Eles não devem permitir que
se tornem sexualmente indiferentes para com seus cônjuges. Não há lugar para
escusas mentirosas: "Estou com dor de cabeça". Isso não é uma licença
para explorar ou abusar do seu cônjuge. Nem é um incentivo à tirania masculina.
O marido é o cabeça que deve "alimentar" e "sustentar" a
sua esposa (Ef. 5:29). I Coríntios 7:3-4 enfatiza a igualdade entre marido e
mulher: o marido deve dar a "devida benevolência" à sua esposa, e
"igualmente" a esposa ao seu marido (3), e o marido tem autoridade
sobre o corpo da sua esposa, "também da mesma maneira o marido não tem
poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no a mulher" (4). Assim, no sexo
– como em todas as coisas, exceto no pecado—o marido e a esposa cristãos devem
procurar agradar um ao outro, e não a si mesmos, pois o amor "não busca os
seus interesses" (I Co. 13:5).
Qual então é
o papel do sexo no casamento? Primeiro, sexo não é a única coisa no casamento.
Êxodo 21:10, uma lei regulando (embora não requerendo ou aceitando) a
poligamia, declara: "Se lhe tomar outra, não diminuirá o mantimento desta,
nem o seu vestido, nem a sua obrigação marital." A "obrigação
marital" (Ex. 21:10) é a "devida benevolência" (I Co. 7:3), ou relação
sexual. Providenciar comida e roupa para a esposa também é mencionado.
(Incidentalmente, por que jovens cristãos estão namorando ou noivando, se não
estão numa posição de sustentar uma esposa, mesmo num futuro previsto?) Ainda
mais fundamental, os maridos devem amar suas esposas e as esposas devem se
submeter aos seus maridos (Ef. 5:22-33). Além do mais, os maridos devem
governar suas esposas em amor e elas devem ser auxiliadoras de seus maridos
(Ef. 5:22-33; Gn. 2:20s.). Isso envolve 101 deveres de um para com o outro.
Segundo, o
sexo não é a principal coisa no casamento. A coisa principal é o relacionamento
pactual no Senhor (Ml. 2:14). Aqueles que fazem do sexo a coisa principal no
casamento ficarão dolorosamente desapontados.
Terceiro,
sexo não é a base para o casamento. A verdade da Palavra de Deus é o fundamento
do casamento cristão. A amizade pactual de um pelo outro é baseada sobre essa
unidade na doutrina da Palavra de Deus em Cristo.
Onde então o
sexo entra no casamento? Primeiro, deve haver o amor de Deus em seu coração por
seu cônjuge. Fluindo desse amor, e como uma expressão desse amor, está a bênção
da relação sexual. Assim, embora o sexo no casamento seja um chamado e um
dever, ele é mais que um dever. É uma coisa alegre e prazerosa, deliberada e
natural, uma expressão de amor mútuo e um retrato da união de Cristo com a Sua
noiva, a igreja.
Há uma
exceção ao dever do sexo no casamento (além daquele da impossibilidade física)
se três condições forem satisfeitas. Primeiro, deve ser "por consentimento
mútuo" (I Co. 7:5)—não uma decisão unilateral do marido ou da esposa, mas
de ambos. Segundo, deve ser "por algum tempo" (5)—não para o resto de
suas vidas, ou por anos, mas por um período específico. Mais tarde eles devem
se "ajuntar outra vez" sexualmente (5). Terceiro, a abstinência
sexual deve ser "para vos aplicardes ao jejum e à oração" (5)—não
porque eles simplesmente estavam com vontade. Deus colocou certo peso em seus
corações, de forma que os prazeres de comer e ter sexo são postos de lado por
um tempo, para que possam se focar melhor em buscar a Deus. Todas as três
condições devem ser satisfeitas—consentimento mútuo, curta duração e propósito
religioso (para oração e jejum)—para um período de abstinência sexual. Onde
todas as três condições não são satisfeitas, a "devida benevolência"
da relação sexual permanece.
I Coríntios
7:3-5 contém várias lições vitais. Primeiro, a relação sexual é a regra no
casamento (e a exceção é rara e curta). Segundo, Maria não foi uma virgem
perpétua. O Concílio de Trento de Roma lançou um anátema sobre todos aqueles
que negassem que Maria jamais teve relação sexual com o seu marido, José, após
o nascimento de Cristo, mas Deus requer que as esposas dêem a "devida
benevolência" aos seus maridos (3-5). Terceiro, a passagem assume que um
casal cristão pode escolher jejuar e orar juntos. Você alguma vez já desistiu
de comida e sexo, para buscar a face de Deus com maior fervor? Quarto, não há
nada vergonhoso ou impuro numa relação sexual. Aparentemente, alguns em Corinto
enalteciam a virgindade até o céu e/ou exigiam o celibato no casamento, visto
que a relação sexual era vista como de certo modo questionável em santidade ou
pureza. "Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula"
(Hb. 13:4). Essa visão deturpada sobre casamento e sexo não é encontrada apenas
no Romanismo. John Wesley ensinou a superioridade da virgindade ao casamento, e
em geral aconselhava contra o casamento. Ele foi irremediavelmente influenciado
por sua leitura dos pais da igreja primitiva e de autores católico-romanos (que
lançam dúvidas sobre a bondade do casamento e do sexo). Mesmo quando Wesley se
casou, ele mostrou um mau exemplo, pois, em geral, negligenciava sua esposa e o
relacionamento deles era "distante e infeliz" (Stephen Tomkins, John
Wesley, p. 167). Quinto, I Coríntios 7 implica que marido e esposa falam sobre
assuntos sexuais juntos, pois entram em "consentimento" para se
abster por um tempo por razões religiosas (5). Em geral, os maridos e esposas
cristãos devem procurar agradar um ao outro, e viver sob o senhorio de Cristo
no casamento e no sexo.
Fonte: The Duty of Sex in Marriage
1E-mail para
contato: felipe@monergismo.com. Traduzido em setembro/2008.
Melhor é serem dois do que um
'Melhor é
serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho: se um cair, o
outro levanta o seu companheiro. Mas ai do que estiver só, pois, caindo, não
haverá quem o levante. Também se dois dormirem juntos, eles se aquentarão. Mas
um só como se aquentará? Se alguém quiser prevalecer contra um, os dois lhe
resistirão. O cordão de três dobras não se quebra tão depressa' (Eclesiastes 4:
9-12).
O texto que
abre a nossa reflexão foi escrito por Salomão, filho do rei Davi, e que foi
considerado o homem mais sábio de todos os tempos. A passagem serve-nos de
exemplo, quando vemos Salomão nos falar de um relacionamento consistente entre
duas pessoas, com alvos e propósitos definidos. Mas quando olho para o texto me
pergunto: por que ele não é realidade na vida de muitos casais? O que estamos
presenciando em nossos dias é, infelizmente, o oposto dessas palavras
proferidas por Salomão.
Veja bem que
o texto eclesiástico mostra ao homem a importância que tem o casamento em sua
vida: “melhor é serem dois do que um”. O valor do matrimônio e a constituição
de uma nova família estão expressos em todas as letras e devem ser o alvo
primeiro de todo cristão. E por quê? Porque juntos resistirão aos dias maus, às
gigantescas ondas que se alevantam, às tempestades horrendas e à solidão. Porém
é impressionante como, mesmo depois de casados, muitos casais vivem solitários
dentro de um mesmo universo e passam, individualmente, a querer lutar contra os
obstáculos do dia-a-dia e a buscar os seus próprios interesses.
As casas de
muitos casais se tornaram como as grandes metrópoles brasileiras: povoadas,
porém, focos de grande solidão. São pessoas que vivem debaixo do mesmo teto,
fazem as suas refeições juntas, dormem lado a lado na mesma cama, fazem sexo
quase que diariamente, caminham de mãos dadas, entretanto, mantêm uma distância
emocional, espiritual e íntima enormes. Conversam, mas não se comunicam. Moram
juntas, mas ainda não constituíram o verdadeiro lar. E esse paradoxo tem
refletido negativamente na vida de muitos solteiros, que dizem: “se muitos
casados vivem solitários, então é melhor me sentir solitário sozinho”. Alguém
já escreveu que a pior solidão é a que se manifesta entre duas pessoas.
Creio, como
conselheiro familiar, que o casamento foi o antídoto criado por DEUS para
combater a solidão: “Não é bom que o homem esteja só. Far-lhe-ei uma adjutora
que lhe corresponda” (Gênesis 2:18). O objetivo de DEUS, como vimos, é não
tornar o homem solitário. Então vamos aqui levantar alguns fatores porque isso
acontece em muitos casamentos hoje em dia e, também, “receitar alguns remédios”
para combater esse vírus, que tem destruído casamentos.
1) Idéia
errada de casamento – muitas pessoas nutrem o desejo de se casar, crendo,
infelizmente, que o casamento é uma etapa da vida isenta de tribulações e
dificuldades. Quando eu era menor ouvia muito dizer que “casar é viver um mar
de rosas”. Essa ideia equivocada de casamento é frustrada quando fortes
obstáculos surgem na vida do casal, o qual, por não ter construído antes uma
base conceitual real do matrimônio, logo deseja “pendurar as chuteiras”.
Observe o versículo: “as muitas águas não poderiam apagar esse amor nem os rios
afogá-lo (...)” (Cantares 8:7). “Não poderiam...”, ou seja, podem, sim, abalar
o amor. A responsável por oferecer essa base aos jovens namorados e noivos é a
própria igreja, o ministério de família. Mas, infelizmente, em muitas
denominações o tema família está em segundo e terceiro planos, ofuscando a
importância do tema para a vida espiritual do cristão. Casamento, consciente
das dificuldades e do interesse de um ajudar o outro, é maravilhoso; mas não é
um mar de rosas. Os noivos precisam ser bem preparados com relação ao que vão
enfrentar adiante; antes de tomarem uma decisão que será única em suas vidas.
Precisam saber, por exemplo, que casamento não é apenas energia sexual
depositada e que só a morte pode destituí-lo. Muitos querem se casar achando
que, se não der certo, poderão buscar o caminho da separação e do divórcio como
alternativa, e se casarem de novo com outra pessoa. Um casamento pressupõe
agora compromisso com as coisas do mundo. Por essa razão, o apóstolo Paulo
escreveu: “de sorte que o que a dá em casamento faz bem, mas o que não a dá em
casamento faz melhor ainda” (1 Coríntios 7:38). Costumo dizer que o casamento é
a fase da vida mais bombardeada pelo diabo. Destruir as famílias é a meta
primeira do inimigo de nossas almas. Quando ele quebra o alicerce familiar,
toda uma estrutura vem abaixo, afetando pais, filhos, sociedade, igreja e
gerações. Certa vez ao participar de um noivado, eu perguntei aos noivos: “hoje
a referência espiritual que um tem do outro é a melhor possível. Mas os dois
estão preparados para, por exemplo, suportarem a infidelidade conjugal durante
o casamento?” Eu não quis levar uma ideia pessimista do matrimônio. Ao
contrário, meu objetivo foi despertá-los para uma possível realidade.
2) O casal
desconhece o papel de cada um no contexto familiar – como disse anteriormente,
depois de casados, e depois da lua-de-mel, e depois dos primeiros meses, aí vem
a realidade de uma maneira mais clara e decisiva sob as vistas, meio
frustradas, do homem e da mulher. Cada qual procura resolver do seu jeito os
problemas que vão surgindo. Algumas vezes até conseguem. Na maioria,
entretanto, esses problemas vão se tornando uma “bola de neve” e se juntando a
outros grandes problemas. As responsabilidades na vida do marido e da esposa se
misturam. Um termina, inconscientemente, assumindo o papel do outro. E para não
querer apresentar à igreja uma imagem de derrotados; de que o casamento
fracassou, simplesmente se isolam em suas torres de marfim. São casados; são
felizes, apenas na aparência. É uma vida de casados de hipocrisia, que, com
certeza, não conseguirá ir muito longe. A Bíblia diz claramente que a esposa é
a ajudadora do marido, e que este é o cabeça do lar, aquele que responde
sabiamente pelas decisões finais. DEUS não casa pessoas e os entrega ao
relento. DEUS é Pai zeloso: une e mostra todos os caminhos para a felicidade.
Durante o casamento as duas principais ordenanças de DEUS são rompidas: a
mulher em ser submissa ao seu marido; e o marido em amar a esposa como Cristo
amou a sua igreja. Quebradas essas ordenanças, o casal parece não mais falar a
mesma língua, vivem como adversários ou inimigos dentro de uma casa. Recordo-me
de uma esposa que tudo que ia fazer em prol do casal perguntava ao marido antes
se podia fazer. Ele, por outro lado, tratava-a como princesa. Essa união passou
a ser referência na sociedade e se refletiu nos casamentos dos filhos. Cada
qual se espelhou em seus pais, sabia bem o que deveria fazer, as
responsabilidades de um e de outro, o respeito à Palavra de DEUS. O contrário
dessa família também é verdade. Pais que não leem e não cumprem os conselhos de
DEUS provavelmente sucumbirão ao fracasso e constituirão gerações também
fracassadas.
3) A
dificuldade de conviver com as necessidades do outro – cada pessoa possui
necessidades emocionais, pessoais (profissionais, sexuais etc.) e espirituais.
Mas DEUS planejou para que todas essas necessidades fossem supridas dentro de
um contexto familiar. Quando um casal resolve se casar, dificilmente, pensa nas
necessidades um do outro, ainda menos, em como supri-las, resultando numa
infidelidade. Então, surge, na história do casal, uma “terceira pessoa”, que
não necessariamente é um homem ou uma mulher, mas a busca incessante por um
projeto pessoal, uma carreira, um sonho etc. Ambos começam a lutar pelos seus
sonhos de maneira individual, egoísta, e se afastam imperceptivelmente do sentido
da unidade familiar. Muitos dos casos que tenho recebido em palestras e em
atendimentos se referem à área sexual. Mas também já vi até filhos se tornarem
o motivo desse distanciamento. Alguns vínculos precisam ser construídos durante
o casamento: vínculo do respeito, da confiança, do amor e da intimidade. Se
algum desses vínculos foi quebrado, precisa urgentemente ser refeito. Não é
verdade que, quando se quebra uma vez o vínculo da confiança, é impossível
tê-lo outra vez. Com um pouco de esforço, interesse e determinação, é possível,
sim, confiar outra vez. A humildade é o ponto de partida disso. Se você ainda
tem a possibilidade de refazer os vínculos com o seu cônjuge, não perca mais
tempo. Chame-o para uma conversa, seja amável, humilde, diga que está disposta
ou disposto em construir uma nova história, deixando as coisas erradas do
passado para trás, antes que os problemas se tornem maiores e resultem em uma
separação.
Bem,
levantei apenas alguns fatores. Vejamos agora alguns conselhos:
1) Nunca perca
o sentido da unidade familiar. Embora seja natural que cada um tenha os seus
próprios sonhos, mas estes não podem ser um fator desagregador do casal. Eles
devem ser partilhados e correspondidos mutuamente;
2)O casal
deve participar sempre que puder de congressos e encontros destinados à
família. É uma maneira de reciclar, de inovar. A leitura de bons livros da área
também ajuda bastante. Deve também passear, viajar, estar juntos em outras
circunstâncias.
3)Pense que
sempre há solução para os problemas. Algumas vezes as dificuldades se tornam
eternas porque não sabemos como lidar com elas. Então, aqui, deixo como
alternativas o diálogo, a cumplicidade, a dedicação, a paciência, a amizade e,
enfim, o maior de todos, o verdadeiro Amor.
Muitas
pessoas dizem que a família é a prioridade maior de suas vidas, mas quando olho
para as suas agendas, vejo o quanto isso não é verdade. Há tempo e espaço para
tudo, menos para o essencial. Muitos estão correndo atrás do sucesso financeiro
e estão com sua família à beira do abismo. A vida familiar tornou-se uma
rotina; e DEUS Aquele a quem se busca esporadicamente nos cultos aos domingos,
quando se vai. É por isso que o maior companheiro não é o outro, mas a solidão.
Sem DEUS o casal não pode chegar a lugar algum. Daí a razão de, no texto de
abertura de nosso estudo, o autor falar em um cordão de três dobras, ou seja, a
presença de JESUS na vida do casal. A terceira dobra é JESUS solidificando a
relação a três. Onde JESUS está não há cordão que se arrebente nem lar que viva
em solidão. Ainda que o casal tenha toda a instrução da ciência; dos homens;
sem JESUS de nada adianta. Veja o que escreveu o apóstolo Paulo: “Agora
permanecem estes três: a fé, a esperança e o amor, mas o maior destes é o amor”
(1 Coríntios 13:13). Que DEUS nos abençoe!
Autor:
Fernando César T. Alves
Fonte:
www.estudosgospel.com.br
E o fetiche? Como pode interferir na vida sexual do casal?
E o fetiche?
Como pode interferir na vida sexual do casal?
Será um
desvio, um comportamento anormal ou até pecaminoso?
Fetichismo,
na psicanálise, significa “desvio do interesse sexual para algumas partes do
corpo do parceiro, para alguma função fisiológica ou para peças do vestuário,
adorno” (“Dicionário Houaiss”).
O termo
começou a ser usado com essa conotação a partir dos estudos de Freud, pois,
originalmente, a palavra vem de “feitiço” e designava um objeto a que se
prestava algum tipo de culto, ou possuidor de poderes mágicos. O psiquiatra
Albert Zeitouni, baseado na teoria freudiana, esclarece que “a criança, ao
perceber que a mãe não possui um pênis, recusa-se a aceitar essa realidade
porque acredita que o seu órgão masculino também poderá ser perdido, então cria
um substituto para o pênis da mãe, que é o fetiche”. Segundo ele, o fetiche se
estabelece como um estímulo sexual durante a infância, e quando o homem
torna-se adulto não o abandona em troca da pessoa total, pois o fetichista acredita
que precisa daquele objeto ou parte do corpo feminino para conseguir a ereção.
Os tipos de
fetiches mais comuns são os relacionados às partes do corpo da mulher, como
pés, unhas, mãos, além dos objetos femininos, como meias, sapatos de salto
alto, “lingeries”. Na prática sadomasoquista – aquela que envolve a dominação
de um dos parceiros – são utilizadas roupas e objetos de couro, além de
chicotes. A psicóloga Márcia Bittar Nehemy, especialista em Sexualidade,
realiza terapia de apoio e diz que a psicologia considera que todas as pessoas
são fetichistas em algum grau, mas muitos não conseguem obter prazer sexual sem
o seu fetiche.
O
evangelista da Assembléia de Deus João Luiz Paim da Silva, estudioso do
assunto, garante: “O fetiche moderno, que muitos julgam inofensivo, é uma porta
aberta para o diabo”. Como exemplo, cita o fetiche por pés e pergunta: “Como
será se o homem que gosta de pés encontrar e desejar outro pé, que não o da
esposa, pela rua, e começar a segui-lo? Certamente, logo virá o adultério.”
Pastor da Igreja Batista Nacional, Disney Macedo acredita que os fetiches que
não desrespeitam a relação do casal podem fazer parte da vida íntima dos
cristãos. Isso se houver um acordo entre eles, sem, no entanto, incluir o
sadomasoquismo. Nessa perspectiva, o homem tem de ter domínio próprio e, por
isso, pode utilizar um fetiche, mas nunca ser dominado por ele.
Quando
atinge níveis patológicos, causando constrangimentos, o fetiche é visto como um
problema. Outras vezes, pode “apimentar” a relação entre o casal, embora muitos
cristãos considerem qualquer coisa ligada à sexualidade como pecado e não como
algo prazeroso. A sociedade explora cada vez mais o fetichismo, mas o que
acontecerá se as pessoas não amarem mais umas às outras em sua totalidade, pela
sua beleza física, mental, intelectual e caráter, mas, sim, desejando apenas
uma de suas partes ou um de seus objetos de uso pessoal? Esse questionamento é
feito por Maria Andrade, 40 anos, que teve um marido fetichista. “Ele não me
via como mulher. Eu era apenas um pé e, para agradá-lo, acabei ficando
obsessiva em cuidar dessa parte do meu corpo.” Hoje, garante que minimizou
bastante o problema, mas precisou passar por tratamento com um sexólogo.
Muitas
pessoas usam, de fato, a criatividade para “apimentar” a relação a dois, com a
inclusão de carícias, “lingeries” sensuais, mudança de posições, etc. Até mesmo
os casais evangélicos são estimulados, em muitas denominações, a ousarem no
sentido de dar prazer ao parceiro e demonstrar o carinho e o amor que um tem
pelo outro. Assim, marido e mulher são legitimamente motivados a erotizar a
relação, isto é, investir em novidades.
ROTINA Sexual
CRISES NO
CASAMENTO POR DESLEIXO, ROTINA E DETERIORAÇÃO DA VIDA CONJUGAL
Rafael Llano
Cifuentes
O matrimônio
deteriora-se quando não se renova, quando se permite que entre nos trilhos da
rotina.
Há uma
rotina indispensável e benéfica que nos permite cumprir com regularidade,
constância e pontualidade os nossos deveres espirituais, familiares e
profissionais. Esta rotina constrói uma estrutura de vida sólida, cria um
comportamento homogêneo que nos ajuda a libertar-nos da espontaneidade
meramente anárquica, dos caprichos emocionais dissolventes e perniciosos.
Mas existe
uma outra rotina, a rotina mortífera, que deve ser afastada como a peste. É uma
rotina que, pouco a pouco, como uma sanguessuga, vai dessangrando o con vívio
conjugal. Todos os dias um pouco. Imperceptivelmente, endurece-nos, converte os
nossos atos em algo mecânico, torna-nos autômatos, robôs sem vida, extingue o
calor e a alegria de viver e de amar. Esta rotina provoca um desgaste
progressivo na vida familiar, uma perda de energias, uma espécie de anemia
vital que torna a existência cinzenta, anódina, incolor.
Lembro-me
daquela música dos anos 60 cantada por Ronnie Von: "A mesma praça, os
mesmos bancos, as mesmas flores, o mesmo jardim, tudo é igual, assim tão tris
te..." Alguns poderiam queixar-se, de forma semelhante: "A mesma
esposa, a mesma família, o mesmo trabalho, a mesma paisagem, a mesma
"droga de sempre"... É tudo tão triste e cansativo..."
Talvez se
consiga continuar caminhando mesmo assim. Externamente, o casal vai mantendo as
aparências, como um móvel visitado pelo cupim, corroído por dentro. Por fora,
nada se percebe, mas de repente tudo desmorona, os cenários desabam, as
fachadas caem e aparece um panorama desolador: "Meu Deus, toda a minha
vida, daqui para a frente, vai ser igual"... E entra-se numa espécie de
letargia mortífera. Muitas infelicidades, muitas crises conjugais, muitas
deserções são provocadas por esse fenômeno.
Quando na
nossa vida diária não "contemplamos o amor", não renovamos o amor,
caímos nessa rotina que mata. Os mesmos bancos, as mesmas flores, o mesmo
jardim, a pesada monotonia do que é sempre igual, deve-se - como dizia ainda a
canção - a que "não tenho você perto de mim". Quando o amor está
ausente, tudo é tão triste...!
Você talvez
já tenha passado por uma experiência parecida. Estava trabalhando numa tarefa
extremamente enfadonha, repetitiva, rotineira... e pensava: "Tomara que
termine logo"... De repente, alguém que você ama muito pôs-se ao seu lado
e disse-lhe: "Deixe que lhe dê uma mão. Ao menos, deixe-me ficar com você
até terminar"... E, naquele momento, você murmurou: "Tomara que não
termine nunca!" As mesmas circunstâncias mudam substancialmente quando o
amor está presente. A mesma família, a mesma esposa..., mas tudo é diferente
porque se soube remoçar o amor: as pupilas, dilatadas pelo amor de Deus, pelo
amor ao cônjuge e aos filhos, conseguem enxergar uma nova família, uma nova
esposa, um novo trabalho todos os dias.
O poeta
francês Lamartine passava horas a fio olhando sempre para o mesmo mar. Alguém
lhe perguntou certa vez: "Mas não se cansa de olhar sempre a mesma
vista?" - "Não - respondeu -; por que será que todos vêem o que eu
vejo e ninguém enxerga o que eu enxergo?" A sua alma de poeta permitia-lhe
ver realidades diferentes nas paisagens de sempre. A alma contemplativa que o
amor nos confere dá-nos também essa acuidade espiritual que nos permite ver
mundos novos por trás das aparências sempre iguais do monótono viver diário. Em
contrapartida, quando não existe uma viva preocupação por renovar o amor como o
fator mais importante da vida conjugal e familiar, aparecem esses matrimônios
corroídos pela monotonia.
Lembro-me do
Gilberto e da Cida. Acompanhei as suas vidas desde o início do casamento.
Amavam-se muito. Gilberto, jovem advogado que achava lindíssima a sua
"Cidinha", trabalhou muito e prosperou. Aconselhava-se
espiritualmente comigo.
Depois de
catorze anos de casamento, Gilberto disse-me um dia:
- O meu
casamento entrou em crise. Morro de tédio e monotonia. Todos os dias, quando me
levanto, vejo a Cida despenteada, sem se arrumar, horrorosa, com os pés
enfiados nuns chinelos horríveis que não troca faz quinze anos, arrastando-se
pelos corredores, cansada... Abro a porta do quarto e encontro as crianças, que
já são adolescentes, discutindo, brigando... A minha casa parece um
zoológico...
"Depois,
chego ao escritório e encontro lá a Mônica, uma estagiária. O panorama muda da
água para o vinho. Ela é encantadora. Acho que tem uma queda por mim...
Aproxima-se, charmosa...: "O senhor parece cansado...; não quer que lhe
traga uma aspirina com uma coca-cola?" E afasta-se com um andar cadenciado
que me arrebata... Estou perdendo a cabeça... Em casa, sinto-me acorrentado...
Tenho necessidade de libertar-me. Por que condenar-me à prisão de um amor que
já morreu? O contraste entre a Mônica e a Cidinha é muito forte... Não sei,
não... O que me aconselha?...
- Eu lhe
daria quatro conselhos - respondi -, mas preciso antes que você me diga se está
disposto a cumpri-los.
- Sempre
aceitei e pratiquei os seus conselhos, e não é agora, neste momento crítico,
que deixarei de segui-los! - O primeiro - prossegui -, é que mande embora a
estagiária...
- Não! Isso
não!!
- Prometeu
seguir os meus conselhos... Ao menos, dê-lhe trinta dias de férias remuneradas...
- Isso sim,
posso fazer...
- Em segundo
lugar - acrescentei -, leve o seu filho mais velho à igreja em que você se
casou, e, diante do altar e do sacrário onde você prometeu à Cida que a amaria
até que a morte os separasse, diga ao seu filho que pensa trocar a mãe dele
pela Mônica... Já imaginou o que lhe responderá esse seu filho, que lhe parece
um "bicho do zoológico", mas que ama o pai mais do que tudo no mundo?
Quer que lhe diga?: "Pai, esperaria qualquer coisa de você, menos que
fizesse uma cachorrada dessas com a minha mãe"...
- O senhor
está sendo duro demais - retrucou o meu amigo.
- Não. Pense
que estou apenas adiantando o que, muito provavelmente, lhe dirá o seu filho...
"Terceiro
conselho: olhe a Cida com outros olhos, como a mãe dos seus filhos, como aquela
que perdeu a juventude e a beleza ao seu lado, que já fez o papel de enfermei
ra - quantos remédios ela já não lhe levou à cama! -, mãe e companheira
amorosa; e, especialmente, recomendo que aprofunde mais na sua vida espiritual,
que está muito desleixada: daí tirará forças. E, por último, antes de ter essa
conversa com o seu filho, espere que eu fale com a Cida... Diga-lhe que marque
uma hora comigo...
Veio a Cida,
toda inocente, desarrumada, despenteada:
- Cida, por
favor, arrume a "fachada" e... compre outros chinelos!
A Cida era
inteligente. Foi ao cabeleireiro, comprou roupas novas, uns chinelos novos,
tornou-se mais carinhosa com o Gilberto, preparou as "comidinhas" de
que ele gostava... e terminou "reconquistando" o marido.
Quando a
Mônica voltou de férias, o Gilberto dispensou-a sumariamente.
Hoje,
Gilberto e Cida são muitos felizes. O filho mais velho formou-se em Engenharia.
Nem suspeita de nada. Continua adorando o pai, como os demais irmãos. Mui tas
vezes penso o que teria acontecido a essa família se o Gilberto se tivesse
deixado enfeitiçar pelo canto da sereia.
É evidente
que nem o marido nem a mulher devem permitir esse desgaste. A monotonia densa,
pesada, que torna a vida uniforme, insípida, tediosa, insustentável, venenosa,
reclama clamorosamente uma renovação.
Outra
recordação que talvez seja útil. Um amigo veio-me fazer uma confidência sobre
as "amarguras" do seu casamento:
- A
Elizabeth está esquisita, anda queíxando-se continuamente de stress; sente-se abafada
dentro de casa; diz que não tem horizontes...
- Mas ela
era alegre, animada, esportista... Por que você não tem a coragem de
perguntar-lhe à queima-roupa: "Que você gostaria de fazer um dia qualquer
deste mês? Diga, por favor, rapidinho"...
Ele fez a
experiência e ficou "bobo":
- Ela
começou a pular e rir como uma criança... "Você fala a sério? Eu quero ir
à praia de Búzios e comer uma suculenta peixada depois daquele banho de mar, no
mes mo quiosque onde nós íamos namorar..." Quando eu concordei, rindo, foi
como se o véu da desmotivação que cobria o seu rosto caísse por terra num
instante. Fomos à praia, almoçamos como quando éramos namorados... e regamos a
"peixada" com uma cerveja geladinha... O senhor quer saber de uma
coisa? Ela não arreda pé ... Cada trinta dias me pergunta: "Vamos a
Búzios?" Faz dois meses que não discutimos. Ela está muito bem disposta...
parece que o cansaço acabou...
Renovar-se
ou morrer, dizem os franceses; é preciso superar essa seqüência cinzenta de
dias e semanas; é mister uma renovação de idéias, projetos e programas de vida,
introduzindo em cada semana uma pequena novidade, um passeio, um jantar fora de
casa, um "dia azul"... e a cada biênio um novo roteiro de férias, uma
pequena reforma na casa; e, para as mulheres especialmente, uma renovação da
fachada, do visual, do penteado..., esforçando-se por estar sempre atraentes,
dentro de casa ainda mais do que fora, a fim de conquistar e reconquistar o seu
marido todos os dias.
Mas o que é
mesmo absolutamente necessário é o fortalecimento espiritual. Como já dissemos,
é do fundo da alma que brotam, como de uma fonte, novas perspectivas de vida. O
Espírito Santo permite, como diz a Sagrada Escritura, que a nossa juventude se
renove corno a da águia! (SI 102, 5). Todo o amor genuíno, seja qual for a sua
natureza, tem em Deus o seu fulcro e o seu término. Por isso, o problema da
monotonia, do cansaço, do desgaste do amor conjugal encontra no amor de Deus o
estopim da sua renovação: é o amor a Deus, vivido no meio dos afazeres diários,
que dilata as nossas pupilas para que possamos, como Lamartine, encontrar no
mar da família perspectivas novas, e no rosto do outro cônjuge os valores
esquecidos.
Um caso que
ilustra esta verdade. O marido - que já tinha passado dos sessenta, e ela idem
- vinha-me dizendo havia anos que não suportava mais a mulher, que con viviam,
mas trocavam poucas palavras, e que iam à Missa e faziam as suas orações cada
um por sua conta. Mas ele sofria com esse seu modo de ser, pouco flexível em
questões domésticas, e lutava por vencer-se. Um dia, porém, chegou com um largo
sorriso: "Sabe? Desde há um mês, voltamos a rezar juntos, minha mulher e
eu". Parece uma bobagem, mas esse gesto comum - rezar juntos - derrubou as
barreiras. No início custou, mas pouco a pouco converteu-se no sinal mais claro
e mais seguro da reversão de uma crise matrimonial que se vinha arrastando,
surda e tristonha, havia décadas.
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